Uma onda de calor sem precedentes está a afetar o sul e centro de Espanha, Portugal e partes do sul de França, com temperaturas que esta semana atingiram os 30 graus celsius altos, chegando mesmo aos 40 °C em algumas zonas.
Na quarta-feira, Amareleja, no Alentejo, registou 39,5 °C — igualando o recorde de temperatura mais alta já registada em maio em Portugal. Em Espanha, El Granado chegou aos 39,1 °C, enquanto Canet-en-Roussillon, em França, alcançou 32,3 °C.
Algumas previsões indicavam que certas regiões portuguesas poderiam atingir os 40 °C na quinta-feira, o que, se confirmado, seria a temperatura mais alta registada tão cedo no ano. As autoridades ainda não confirmaram se esse valor foi efetivamente atingido.
O cenário meteorológico mantém-se estável e o calor deverá prolongar-se pela próxima semana, com a presença de um sistema de alta pressão em grande parte da Europa. Em Madrid, os termómetros deverão chegar aos 37 °C entre sexta-feira e o fim de semana, enquanto Sevilha poderá ultrapassar os 40 °C. Paris, por sua vez, deverá registar mais de 30 °C no sábado.
Este calor extremo surge num contexto de seca severa, a pior em décadas, e está a preocupar os agricultores no norte da Europa. A primavera tem sido invulgarmente seca, atrasando o desenvolvimento de culturas como o trigo e o milho.
A Europa, no entanto, não é a única a enfrentar este calor atípico. No Canadá, após vários dias de frio anormal para a época, as temperaturas voltaram a disparar, batendo recordes em várias zonas.
Na quarta-feira, foram registados 35,9 °C em Ashcroft e Kamloops, na Colúmbia Britânica, e 35,2 °C em Lytton. Na quinta-feira, as temperaturas voltaram a atingir os 30 °C altos nesta província, e espera-se que esta sexta-feira sejam batidos novos recordes nos Territórios do Noroeste, onde o máximo de calor primaveril pode ser superado.
Entretanto, as previsões para a temporada de furacões no Atlântico apontam para uma atividade acima da média. A temporada, que decorre entre junho e novembro, poderá contar com entre seis e dez furacões, dos quais até cinco poderão atingir a categoria 3 ou superior, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA. No ano passado, formaram-se 11 furacões, cinco dos quais classificados como de grande intensidade.
As temperaturas da superfície do mar estão acima do normal em grande parte do Atlântico tropical e deverão manter-se elevadas nos próximos meses. Além disso, os modelos meteorológicos indicam a predominância de condições neutras do fenómeno El Niño/Oscilação Sul ou uma fraca La Niña, fatores que podem favorecer o desenvolvimento de tempestades tropicais.
Apesar disso, o início da temporada deverá ser calmo. As previsões de longo prazo indicam baixo risco de formação de tempestades nos próximos 10 dias. No entanto, há sinais de que a atividade possa intensificar-se a partir de meados de junho.
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