Vacina contra a varicela pode ser especialmente útil para alguns adolescentes
A varicela é uma doença contagiosa de origem viral que afeta, sobretudo, as crianças, sendo que o sintoma mais típico […]
30 Setembro, 2020
A varicela é uma doença contagiosa de origem viral que afeta, sobretudo, as crianças, sendo que o sintoma mais típico é a erupção da pele, as conhecidas “pintinhas”, que se generaliza por todo o corpo.
Estas “pintinhas” de tonalidade entre o rosa e o avermelhado são muito características, porque formam vesículas com líquido, que depois secam e ficam em crosta. Quando se chega a essa fase, já não há perigo de contágio. Causa ainda comichão e, muitas vezes, febre e mal-estar. As complicações da doença são raras e, em regra, só se contrai varicela uma vez na vida.
A Organização Mundial da Saúde defende que esta vacina só é útil na infância se fizer parte do Programa Nacional de Vacinação e for dada a entre 85% e 90% das crianças. Como em Portugal não está incluída no plano nacional, administrá-la só a algumas crianças tem riscos: pode alterar a epidemiologia da varicela no País e causar surtos da doença, que podem ser mais perigosos para as crianças.
Já vacinar os adolescentes não provoca uma alteração da epidemiologia e permite protegê-los de algumas formas graves de varicela. Além destes, há outras pessoas que podem tirar benefícios desta vacina, nomeadamente profissionais de saúde, professores e funcionários de creches e infantários, mulheres não imunes antes da gravidez, pais de criança jovem, não imunizados, adultos ou crianças que contactam habitualmente com doentes imunodeprimidos, crianças com infeção HIV e uma contagem de células CD4 abaixo de 15%.
Quando não há certeza se o adolescente já teve a doença, a Sociedade Portuguesa de Pediatria recomenda que, antes de tomar a vacina, o médico assistente prescreva análises para determinar os anticorpos IgG à varicela.
A vacina não dá imunidade total contra o vírus. No entanto, pode ajudar a diminuir as consequências mais graves.
Existem duas vacinas contra a varicela disponíveis em Portugal e ambas estão autorizadas para crianças com mais de um ano, em doses de 0,5 ml.
Até seis semanas após a administração da vacina, a criança (ou adulto) deve evitar contatar indivíduos suscetíveis, nomeadamente, grávidas e recém-nascidos, imunocomprometidos e adultos que nunca tiveram varicela.