Vacina universal para coronavírus poderá vir a ser uma realidade

Investigadores do Instituto Francis Crick, no Reino Unido, baseiam o estudo da nova vacina na já muito falada proteína da espícula (spike).

2 Agosto, 2022

Investigadores do Instituto Francis Crick, no Reino Unido, obtiveram bons resultados num estudo sobre uma vacina pan-coronavírus, noticia o jornal Público. O objetivo é criar uma vacina que reconheça e neutralize uma grande variedade de coronavírus, incluindo o responsável pela covid-19.

Para testar a sua capacidade de proteção, foram testadas as várias variantes de SARS-CoV-2, como Alpha, Beta, Delta e Ómicron, assim como o tipo deste vírus que provoca constipações e dois coronavírus de origem animal (morcego). Os resultados das experiências, realizadas em ratinhos, foram publicados na revista científica Science Translational Medicine.

Os investigadores baseiam o seu estudo na já muito falada proteína da espícula (spike), fundamental para o vírus entrar nas células humanas e conectar-se ao recetor. Descobriram assim uma área específica (a subunidade S2) que poderá ser o melhor alvo para o desenvolvimento de uma vacinação contra os coronavírus.

De acordo com a equipa do Instituto Francis Krick, a região da proteína da espícula não tinha sido muito explorada para uma potencial vacinação, porque alguns dos alvos críticos na subunidade S2 só são revelados após o vírus se ligar a uma célula.

“A expectativa de uma vacina que aponta para a subunidade S2 é que possa oferecer alguma proteção contra todos os coronavírus atuais e futuros”, perspetiva George Kassiotis, um dos autores do trabalho, citado pelo Público.

Em comunicado, George Kassotis acrescentou que a nova vacina em que estão  a trabalhar tem vantagens face às atuais. “Esta proposta difere das vacinas que visam a subunidade S1, que é mais variável, e embora eficazes contra a variante correspondente contra a qual foram projetadas, são menos capazes de atacar outras variantes ou uma ampla gama de coronavírus.”

Tal como as vacinas existentes, não irá impedir a infeção, mas minimizar o risco de doença grave e de morte.

Apesar destes bons resultados, ainda é preciso dar vários passos. “Há muita investigação por fazer enquanto continuamos a testar os anticorpos da subunidade S2 contra diferentes coronavírus e, ao mesmo tempo, procuramos o caminho mais apropriado para desenvolver e testar uma potencial vacina”, concluiu Kassotis.

SO/PÚBLICO

 

Descubra mais sobre a Vacinação em Portugal

VACINAS
DO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

A melhor proteção
contra doença

VACINAS
OPCIONAIS

Livres e opcionais
na protecção extra

VACINAS
DO VIAJANTE

Antes de viajar
consulte o seu médico