Vacina. DGS define os idosos como grupo menos prioritário, peritos criticam
Documento elaborado pela DGS coloca os idosos, considerada a população mais vulnerável, na quinta linha de vacinação. Peritos dizem que proposta é "chocante".
27 Novembro, 2020
O primeiro documento elaborado pela Comissão técnica independente de vacinação, nomeada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), para vacinar os portugueses contra o SARS-CoV-2 coloca os idosos, considerados a população mais vulnerável, no fim da lista de prioridades, avança o Expresso.
Antes de administrar a vacina aos idosos com mais de 65 anos, o documento estabelece outros quatro grupos mais prioritários. No topo, surgem estão os profissionais de saúde mais expostos ao vírus, seguidos pelos funcionários dos lares; em terceiro lugar, a população dos 50 aos 59 anos com fatores de risco, como os doentes crónicos; depois, os portugueses dos 60 aos 64 sem comorbilidades, e, por fim, os idosos a partir dos 65 anos.
A proposta da Comissão Técnica, que já foi entregue ao Ministério da Saúde (que tomará a decisão), fez soar um coro de críticas quando foi apresentada na reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública da semana passada. Alguns dos peritos presentes pediram até que o plano fosse imediatamente retirado. “É chocante que o grupo de risco mais referido surja no último lugar”, disse um dos presentes ao Expresso.
“A vacina pretende no imediato prevenir as formas graves e a mortalidade por covid, e são os mais idosos que mais correm esse risco, pelo que têm de estar entre os primeiros a vacinar”, defende um dos especialistas.
TC/eV