Vacina contra a malária protegeu 650 mil crianças do Gana, Quénia e Maláui

Programa piloto de vacinação já permitiu administrar mais de 1,7 milhões de doses da vacina contra a malária.

21 Abril, 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mais de 650 mil crianças do Gana, Quénia e Maláui receberam a primeira dose da vacina contra a malária. O projeto de vacinação das crianças já decorre há dois anos.

Em comunicado a OMS disse que “o número de crianças abrangido neste período, relativamente curto, indica uma forte procura comunitária da vacina, bem como a capacidade dos programas de imunização infantil dos países para fornecer a vacina segundo um novo calendário (quatro doses até aos 2 anos)”.

A proteção que a vacina contra a malária (RTS,S) proporciona, complementada com as intervenções de controlo da doença, têm o potencial de salvar dezenas de milhares de vida por ano.

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Biológicos da OMS afirmou que “o Gana, Quénia e Maláui mostram que as plataformas de vacinação infantil existentes podem efetivamente fazer chegar a vacina contra a malária às crianças, algumas das quais sem acesso a um mosquiteiro tratado com inseticida, ou outras medidas de prevenção da malária”. Por isso “esta vacina pode ser a chave para tornar a prevenção da malária mais equitativa e para salvar mais vidas”.

O diretor do Programa Global da OMS contra a malária, Pedro Alonso, salientou ainda, que a vacinação e os mecanismos de controlo da doença têm “resultados notáveis” nas últimas duas décadas, “evitando mais de sete milhões de mortes e 1,5 mil milhões de casos da doença”. Mas alertou: “os alvos-chaves para o progresso da nossa estratégia global contra a malária continuam de fora. Para voltar ao bom caminho, são urgentemente necessários novos instrumentos – e as vacinas contra o paludismo devem de ser uma componente essencial do conjunto global de instrumentos”.

Os conhecimentos obtidos pela implementação do projeto piloto, vão levar a uma recomendação da OMS sobre a utilização mais ampla da vacina em toda a África Subsaariana.

“A malária é a emergência de saúde infantil de uma vida – ou de muitas vidas – em África. Aplaudimos o trabalho dos países participantes no projeto piloto que resultou numa forte cobertura vacinal que irá aumentar a nossa compreensão do potencial da vacina RTS,S para melhorar a saúde infantil, reforçar o controlo da malária e, potencialmente, inverter tendências”, afirmou o chefe da equipa para Doenças Tropicais e Vetoriais da OMS para a Região Africana da OMS, Akpaka Kalu.

O relatório mundial sobre a malária, mais recente, revelou que em 2019 registaram-se 229 milhões de episódios de malária e morreram 400 mil pessoas com a doença. Mais de 90% das mortes foram em África e a maioria em crianças pequenas (mais de 265 mil).

A RTS,S é a primeira e única vacina que demonstrou reduzir a malária em crianças pequenas, a malária grave com risco de vida, internamentos hospitalares relacionados com a doença e a necessidade de transfusões de sangue.

LUSA e SO.

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