Reino Unido desaconselha mistura de vacinas de fornecedores diferentes

Responsável pelo programa de vacinação do Reino Unido diz que tal só deve ser feito em caso de escassez de doses.

4 Janeiro, 2021

Reino Unido desaconselha mistura de vacinas. A instituição de saúde britânica Public Health England (PHE) desaconselha a mistura de vacinas provenientes de diferentes fabricantes, salvo em raras ocasiões, dois dias antes do lançamento generalizado do programa de vacinação no país.

De acordo com a agência espanhola de notícias, a Efe, a advertência deste organismo de saúde britânico chega dois dias antes da aceleração do programa nacional de imunização, com a introdução de uma segunda vacina contra o novo coronavírus, da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, aprovada recentemente pelos reguladores britânicos.

Esta vacina poderá começar a ser utilizada juntamente com a da Pfizer/BioNTech, anteriormente autorizada, que começou a ser administrada à população em dezembro.

Numa série de recomendações divulgadas na véspera de Ano Novo pelo Governo aos profissionais de saúde do National Health Service, o equivalente britânico ao Serviço Nacional de Saúde, era indicado que se uma pessoa já tinha recebido uma primeira injeção das duas doses requeridas, e a segunda não estava disponível, era “razoável” oferecer-se um dose de outra vacina.

“Esta opção é preferível se for provável que o indivíduo venha a estar exposto a um elevado risco imediato ou se for considerado improvável o seu regresso”, dizia-se então.

No seguimento das dúvidas levantadas nos últimos dias sobre os riscos desta opção, a responsável pelo programa de vacinação do Reino Unido, Mary Ramsay, explicou hoje ao canal britânico Sky News que “misturar” as duas vacinas não é recomendável e só deveria ser feito “em raras ocasiões”.

“Não recomendamos misturar as vacinas contra a covid-19; se a primeira dose da vacina é da Pfizer, não se deveria dar a da AstraZeneca na segunda dose e vice-versa”, disse a responsável, acrescentando, no entanto, que “pode haver ocasiões extremamente raras onde não está disponível o mesmo tipo de vacina, ou que não se conheça a vacina dada ao doente na primeira dose”.

Nestes casos, admitiu, é preferível “dar uma segunda dose de uma vacina diferente do que não dar nenhuma”.

 

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