Ordem dos Enfermeiros diz que vacinação em crianças deve aguardar mais informação
“Não há, até à data, evidência do impacto que a vacinação de adolescentes possa desempenhar na transmissão do vírus”, defende a Ordem.
28 Julho, 2021
A Ordem dos Enfermeiros (OE) defendeu ser “prudente aguardar” por mais informação científica quanto aos benefícios e efeitos a médio e longo prazo sobre a vacinação das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos.
“Considerando a evidência científica à data e ponderando o facto de que os benefícios para o grupo etário pediátrico saudável parecem ser limitados, entende-se ser prudente aguardar por uma maior e mais robusta evidência científica quanto aos benefícios e efeitos a médio e longo prazo, antes de ser tomada uma decisão de vacinação universal deste grupo etário”, refere o parecer da OE enviado à Direção-Geral da Saúde.
Para fundamentar a sua posição, a OE recorda que atualmente e face à informação conhecida, “ao vacinar adultos se reduz o risco de exposição das crianças e adolescentes” e argumenta que “não há, até à data, evidência do impacto que a vacinação de adolescentes possa desempenhar na transmissão do vírus”.
Segundo defendem a OE, a “prioridade se deve centrar no processo de vacinação de pessoas com mais de 18 anos da forma mais célere possível” face à situação epidemiológica.
Ainda, de acordo com o seu parecer, no caso das crianças com 12 anos ou menos com comorbilidades associadas a risco elevado para a covid-19 devem ser aconselhadas à vacinação pelo profissional responsável pelo seu acompanhamento, recordando uma norma da DGS de 7 de julho.
SO/LUSA