OMS mantém indicação de duas doses para quem já contraiu SARS-CoV-2

Clarificação surge depois de a autoridade sanitária francesa ter recomendado a administração de uma dose às pessoas que já estiveram infetadas.

15 Fevereiro, 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém a orientação da toma de duas doses das vacinas para a covid-19, apesar de a autoridade sanitária francesa ter recomendado a administração de uma às pessoas que já estiveram infetadas.

Na habitual videoconferência de imprensa sobre a evolução da pandemia da covid-19, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse, respondendo a uma pergunta sobre a recomendação francesa, que “as diretrizes” da organização continuam a ser o uso de duas doses, apesar de os países procurarem “otimizar” a inoculação perante a “escassez de vacinas”.

Soumya Swaminathan assinalou que são necessários “mais estudos” para se perceber se a primeira dose pode atuar como “um reforço” da imunidade à covid-19 para as pessoas infetadas, que desenvolveram naturalmente anticorpos contra o novo coronavírus, o SARS-CoV-2.

A médica e cientista indiana adiantou que os anticorpos gerados naturalmente contra um vírus após uma infeção podem durar seis meses, enquanto a resposta das células imunitárias de memória (que reconhecem o agente infeccioso depois de um contacto anterior) pode persistir durante anos.

As vacinas contra a covid-19 já autorizadas e administradas em diversos países, incluindo Portugal e França, são administradas em duas doses, com intervalos de tempo variável.

Hoje, a Alta Autoridade de Saúde francesa (o correspondente à Direção-Geral da Saúde portuguesa) recomendou a administração de apenas uma dose das vacinas contra a covid-19 a pessoas que já tenham sido infetadas, tornando-se França o primeiro país a fazê-lo.

No seu parecer, que aguarda aprovação do Governo, a autoridade sanitária francesa apresenta como justificação o facto de as pessoas terem desenvolvido “na altura da infeção uma memória imunológica”.

“A dose única da vacina irá desempenhar assim a função de um aviso”, refere o parecer, que aconselha esperar “mais de três meses” após a infeção, “de preferência seis meses”, antes de injetar a dose.

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