“No final de junho atingiremos a imunidade de grupo”, aponta a Ordem dos Médicos

Entre abril a junho, vão chegar 9 milhões de vacinas a Portugal (5,5 milhões da Pfizer), o que vai acelerar o processo de vacinação.

26 Abril, 2021

O bastonário da Ordem dos Médicos acredita que, se o plano de vacinação for seguido à risca, Portugal atinge a imunidade de grupo no final de junho. O país vai receber, entre abril e junho, 9 milhões de vacinas.

“Se cumprirmos o plano à risca e se não houver falhas nas vacinas, acredito que no final de junho atingiremos a imunidade de grupo. O que será um sucesso”, afirmou o bastonário Miguel Guimarães, ao Diário de Notícias.

A task force tem como objetivo atingir a imunidade de grupo entre julho e agosto, quando 70% da população esteja vacinada, mas o coordenador, Gouveia e Melo destacou que, “se chegarem mais vacinas o objetivo será atingido antes”. A proteção da maioria das pessoas acima dos 60 anos deve de ser alcançada entre a última semana de maio e a primeira de junho.

Para o plano de vacinação, a task force, tem previsto a chegada de 9 milhões de doses de vacinas durante o segundo trimestre, mais 200 mil do que o previsto em março (8,8 milhões de doses). Da Pfizer eram aguardadas 4 milhões de doses, mas agora são esperadas 5,5 milhões, da Moderna 795 mil, da AstraZeneca 1,6 milhões e da Johnson & Johnson 1,2 milhões.

Nesta semana, a vacina da J&J vai ser administrada pela primeira vez em Portugal, depois de ter sido suspensa até a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) se pronunciar acerca dos efeitos adversos graves (formação de coágulos), registados em oito mulheres nos Estados Unidos. O bastonário defende que “a vacina da J&J não deve de ser usada com restrições de idade. Os casos de efeitos adversos foram detetados em mulheres jovens, oito em mais de sete milhões é uma percentagem muito reduzida. Mas se for adotado um limite de idade não deve ser o dos 60 anos, devemos descer para os 30 ou 40 anos”.

A questão é que são precisas vacinas para proteger a população mais jovem, já que até ao final de maio a task force espera ter os maiores de 60 anos vacinados. “A vacina da J&J é muito importante”, afirma Miguel Guimarães. Este fármaco é o único aprovado com dose única, o que significa que se fosse usada sem restrições até ao final de junho 1,2 milhões de portugueses ficariam protegidos.

Recordando o caso da AstraZeneca, o bastonário salientou que “cada país fez o que queria e é fundamental que na vacinação a Europa esteja unida”, para se evitar a perda de confiança das populações neste processo. Neste sentido, a Ordem dos Médicos está a preparar uma campanha de sensibilização à população sobre a vacinação, cujo objetivo é alertar para a importância destas na luta contra as doenças.

 

Ordem satisfeita com critérios da segunda fase de vacinação

 

Ao Diário de Notícias, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães diz sentir-se “satisfeito” com os novos critérios da segunda fase de vacinação. “Se cumprirmos o plano à risca e se não houver falhas nas vacinas, acredito que no final de junho atingiremos a imunidade de grupo. O que será um sucesso”.

Segundo o médico, o único problema neste momento é o facto de as pessoas que recuperaram da doença irem ser vacinadas só em maio: “o momento certo é agora, porque temos idosos e profissionais de saúde que já tiveram a doença há seis meses e há um ano que precisam de ser protegidos o mais depressa possível”.

Quantos aos outros grupos de risco que foram considerados prioritários e incluídos na segunda fase de vacinação, Miguel Guimarães mostra estar de acordo quanto aos doentes transplantados. “São doentes frágeis, imunodeprimidos, que precisam de estar protegidos com a vacina, pois correm o risco de ser infetados e de perderem o órgão que receberam”. Em relação a outros grupos, como diabéticos ou doentes psiquiátricos, o bastonário afirma não encontrar razão para serem incluídos nos grupos prioritários.

Desde dezembro, a Ordem dos Médicos foi das organizações que mais criticou o Plano de Vacinação contra a covid-19, mas agora admite que “está a ser feito um bom trabalho”, com “critérios simples, locais de vacinação preparadas, capacidade para vacinar e logística”.

SO

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