Médicos defendem vacina antipneumocócica gratuita para todos os idosos

Para além da infeção pelo vírus  influenza que provoca a gripe, de circulação comum na época de inverno que se […]

30 Setembro, 2020

Para além da infeção pelo vírus  influenza que provoca a gripe, de circulação comum na época de inverno que se aproxima, também o  Streptococcus pneumoniae, que desencadeia pneumonias, tem uma maior circulação nesta época do ano. Por isso, é aconselhada a toma da vacina antipneumocócica a alguns grupos de risco: pessoas com mais de 65 anos, pessoas com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC e outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais.

No entanto, atualmente, a  vacina só é gratuita para as crianças até aos cinco anos e para um restrito grupo de doentes, como imunodeprimidos, doentes com VIH ou transplantados  (como previsto na  norma  das DGS).

Assim sendo, muitos doentes de grupos de risco não têm comparticipação e acabam por não se vacinar por razões económicas. A vacina tem um custo de 59,10 euros. “Mesmo contando com a comparticipação de 21,87 €, o doente tem de pagar 37,23  € o que, obviamente, pode ser um fator dissuasor”, alerta o médico o pneumologista Jaime Pina.

E embora a taxa de vacinação tenha subido entre os idosos,  apenas cerca de 40% tomam a vacina antipneumocócica. Por isso, o também vice-presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) sublinha que a “FPP tem pugnado pela gratuitidade da vacina antipneumocócica para as pessoas com mais de 65 anos, seguindo a política vacinal aplicada à gripe e que tão bons resultados tem dado”.

De recordar que a pneumonia mata cerca de 5 mil portugueses por ano. Para Jaime Pina, o investimento que seria feito em prevenção traria benefícios. “Vacinar gratuitamente todas as pessoas com mais de 65 anos custaria ao erário público cerca de 80 milhões de euros, curiosamente o valor que o SNS gasta todos os anos a tratar pneumonias. Aliás, há estudos que apontam que o gasto em vacinas é sempre um bom investimento: por cada euro investido haverá um retorno que pode chegar aos doze”, acrescenta o médico em declarações ao Saúde Online.

A Direção Geral de Saúde sublinha, ao  JN, que a possibilidade de tornar a vacina gratuita está em avaliação. Contudo, o tema ainda não foi incluído “na Comissão Técnica de Vacinação”.

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