Maiores de 60 anos vacinados até ao final de maio. Hipertensos não têm prioridade

Grupos prioritários já estão definidos mas não incluem pessoas hipertensas. Ao Saúde Online, o Presidente da Sociedade Portuguesa da Hipertensão diz-se “descansado” quanto à priorização anunciada.

21 Abril, 2021

As pessoas maiores de 60 anos serão vacinadas até ao final de maio e passam a ser prioritárias na vacinação as pessoas com doença oncológica ativa, doenças neurológicas e mentais, com grande obesidade e as imunossuprimidas. Os hipertensos não foram incluídos.

A lista de grupos prioritários na vacinação contra a covid-19 foi anunciada hoje.

A Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas adiantou que nesta fase da vacinação serão incluídos, nos grupos prioritários as pessoas com doença oncológica ativa (a fazer quimioterapia ou radioterapia), pessoas com situação de transplantação, pessoas com imunossupressão, doenças neurológicas, doença mental (esquizofrenia), obesidade (acima dos 35% de massa corporal) e diabéticos.

Graça Freitas especificou que grande maioria dos diabéticos serão vacinados pela sua faixa etária, no entanto, abaixo dos 60 há diabéticos tipo 1 ou 2 que podem ter doença grave e que integrarão os grupos prioritários.

Os doentes hipertensos não constam na lista, mas o Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, Luís Bronze, não tem críticas “à forma como a priorização foi feita”.

Ao Saúde Online, o cardiologista declarou que está de acordo com a lista. “Os hipertensos são praticamente metade dos portugueses, cerca de 4,5 milhões e não há vacinas para estas pessoas todas, já nesta fase”. Por outro lado, disse, ao “se vacinarem as pessoas com mais de 60 anos, já estão a vacinar quem tem hipertensão e risco. Porque a hipertensão é uma doença de maior risco nas pessoas mais velhas, sobretudo a partir dos 50/60 anos”.

Luís Bronze destacou que se existissem vacinas para todos os hipertensos “faria sentido serem vacinados”, mas não havendo “a priorização (pessoas com mais de 60 anos) que foi feita já me deixa muito descansado”, reforçando que “felizmente há um número muito importante de pessoas que são hipertensas, com um controlo muito razoável da doença”.

Quanto à inclusão dos diabéticos e obesos no grupo de risco, Luís Bronze afirma que “fizeram muito bem em incluir esses doentes no grupo prioritário”. “Tenho vários doentes que aos 35 anos são obesos ou diabéticos, que já têm complicações sistémicas graves, nomeadamente insuficiência renal e cardíaca, e exigem um controlo mais apertado. Neste sentido, a hipertensão é um problema, quase, mais fácil de lidar”.

Concluiu dizendo que os médicos podem prescrever a vacina “em qualquer fase, se um doente hipertenso tiver alguma das doenças que estão elencadas no grupo prioritário”.

SO e Lusa

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