“Juntos contra a Pneumonia” é mote da campanha da Fundação Portuguesa do Pulmão
Campanha “Juntos contra a Pneumonia”, em parceria com o Hospital de Santa Maria - Porto, oferece vacina antipneumocócica para reforçar a imunidade nos grupos de risco.
12 Outubro, 2020
A Fundação Portuguesa do Pulmão, em parceria com o Hospital de Santa Maria – Porto, lança uma campanha de oferta de vacinas conta a doença pneumocócica, com o objetivo de reforçar a imunidade nos grupos de risco. Esta Bolsa de Vacinas foi criada para apoiar quem está mais fragilizado perante a doença.
Neste âmbito, serão oferecidas 100 vacinas pneumocócicas conjugadas 13 valente, às quais se podem candidatar indivíduos que apresentem uma prescrição médica e os seguintes critérios:
- Idade superior a 65 anos, comprovada por cartão de cidadão, mesmo que não apresentem qualquer patologia subjacente;
- Pessoas consideradas grupo de risco para pneumonia, com apresentação de declaração médica referindo a sua inclusão num grupo de risco.
Para serem candidatos às vacinas, estes indivíduos terão de apresentar uma prescrição médica e fazer a sua inscrição através do telefone 225 082 000. As vagas são limitadas ao número existente de vacinas (100). Os primeiros 100 utentes terão a vacina antipneumocócica e a sua administração completamente gratuitas, suportadas pela Fundação Portuguesa do Pulmão e pelo Hospital de Santa Maria – Porto.
De acordo com o comunicado da Fundação Portuguesa de Pneumologia, “nunca, como agora, foi tão evidente a importância de garantirmos a proteção de quem está mais fragilizado”, lembrando que a pneumonia é potencialmente fatal, continuando a contribuir para, em média, 16 mortes por dia em Portugal.
Alertando que a época da gripe é aquela em que ocorre o “maior número de episódios” de pneumonia, a fundação reforça a importância da prevenção desta doença através da vacinação.
“A Fundação Portuguesa do Pulmão entende que, dada a situação de pandemia que estamos a enfrentar, todas as pessoas com mais de 65 anos, só pelo fator idade, constituem um grupo de risco. Queremos evitar que desenvolvam infeções respiratórias graves e isso só é possível com a administração da vacina antipneumonia”, refere, a propósito, o Prof. Doutor José Alves, médico pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.
Já para Rui Pinto, médico e diretor clínico do Hospital de Santa Maria – Porto, esta ação não só sensibiliza a população para a necessidade de efetuar a vacinação como contribui “para a oferta da mesma a pessoas que não teriam acesso a ela”.
De destacar que do grupo de risco fazem parte, para além das pessoas com mais de 65 anos de idade, os indivíduos constantes do Grupo I da norma 011/2015 da DGS, ou seja, portadores das seguintes patologias:
- Doença Cardíaca Crónica (insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquémica, hipertensão pulmonar, cardiomiopatias)
- Doença hepática crónica ou insuficiência renal crónica
- Doença Respiratória Crónica (insuficiência respiratória crónica, DPOC, enfisema, asma brônquica, bronquiectasias, doença intersticial pulmonar, fibrose quística, Pneumoconioses, doenças neuromusculares
- Pré-transplantação de órgão
- Dador de medula óssea (antes da doação)
- Fístulas de LCR
- Implantes cocleares (candidatos e portadores)
- Diabetes mellitus, com tratamento farmacológico
- Imunocomprometidos (asplenia ou disfunção esplénica, imunodeficiência primária, infeção por VIH, doença neoplásica ativa, síndrome de Down, síndrome nefrótico)