Infarmed só registou seis reações adversas em 96 mil crianças vacinadas
A percentagem de reações adversas da vacina contra a Covid-19 em crianças é muito baixa e inferior à da população em geral. Foi registado um caso de miocardite.
7 Janeiro, 2022
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) recebeu, até ao final de 2021, seis notificações de casos de reação adversa, em quase 96 mil crianças dos 5 aos 11 anos vacinadas contra a covid-19, avança o Jornal de Notícias. A taxa de reação adversa é, assim, de 0,006%, inferior à da população em geral, que se situa nos 0,1%,
Nestes seis casos, quatro foram notificados como graves — entre os quais uma miocardite numa criança de dez anos, que entretanto já recuperou. Foram reportadas situações como “arrepios, dor no local de vacinação, mal-estar geral, pirexia [estado febril] e petéquias”.
O processo de vacinação nesta faixa etária, ainda muito incompleto, começou no dia 18 de dezembro. Neste momento, e até ao próximo domingo, está a decorrer a segunda fase do processo, que se deverá estender, com segundas doses, até março.
O Infarmed adianta ainda que, na faixa etária dos 12-17 anos, registaram-se 97 casos notificados como graves num universo de 1,105 milhões de vacinadas administradas, havendo registo de 13 mio/pericardites, de “gravidade moderada” e com “evolução favorável após tratamento adequado, consoante a etiologia, em ambulatório ou em ambiente hospitalar”.
Contudo, o Infarmed explica que “a miocardite e pericardite são doenças inflamatórias de etologia variadas, normalmente associadas, sobretudo nesta faixa etária, a infeções virais, o que dificulta o estabelecimento de uma relação causal com a vacina”.
SO