FPP: vacinação contra gripe deve ser antecipada e reforçada face à Covid
Fundação do Pulmão quer "metas de vacinação mais ambiciosas" contra a gripe face a Covid e diz que número previsto de vacinas é insuficiente.
22 Setembro, 2020
A Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), face à aproximação da época gripal e a circulação em conjunto com o novo coronavírus, quer “metas de vacinação mais ambiciosas” e expõe que o número de vacinas previstas para o país é “insuficiente”.
“Avizinha-se a época gripal, com a circulação conjunta do coronavírus e dos vírus Influenza, motivo acrescido de preocupação, em virtude do desconhecimento que existe acerca das eventuais implicações desta situação invulgar”, refere a FPP, em comunicado divulgado hoje.
Por considerar que o combate aos vírus deve ser acentuado, a FPP reforça os conselhos sugeridos no início da semana a propósito da pandemia de Covid-19 e destaca que, no combate à gripe, “a vacina perfila-se como uma importante arma preventiva”.
Argumentando que o número de vacinas previstas para o país “é insuficiente” – dois milhões para o SNS e 500 mil para a Rede de Farmácias –, a FPP apela a que as autoridades de Saúde assegurem um “número substancialmente mais elevado de vacinas”.
“Se contabilizarmos apenas as pessoas com idade superior a 65 anos – com indicação formal para serem vacinadas – o número é superior a 2.220.000. Restam ainda os numerosos grupos de pessoas vulneráveis ou com indicação para a vacinação”, alerta a FPP, que recomenda a vacinação a todos estes grupos, vulneráveis ou com indicação para a vacinação, de acordo com as orientações da DGS.
Na perspetiva da Fundação, são necessárias “metas de vacinação mais ambiciosas”, pelo que a FPP aconselha as autoridades da Saúde que tracem e definam essas metas incentivando a vacinação “através de campanhas dirigidas a todos os grupos-alvo”
“Este ano é muito importante que fique o menor número possível de doentes por vacinar”, destaca o comunicado. Entre as medidas, a FPP defende também, ao prever uma intensa procura, que o início da vacinação seja antecipado para o início do mês de outubro.
A Fundação lança ainda o desafio à Rede Nacional de Farmácias para que tenha um papel mais ativo na administração da vacina aos utentes do Serviço Nacional de Saúde. O objetivo é que permitam que estes serviços desempenhem “tarefas mais complexas, mais exigentes e urgentes”.
Para além destes aspetos, a FPP reitera a necessidade de melhorar as atitudes comportamentais preventivas comuns às duas infeções, desde a etiqueta respiratória, a desinfeção das mãos e das superfícies, até ao distanciamento social e à utilização de máscara em todos os espaços públicos, quer exteriores, quer interiores.
Comunicado/eV