EMA recomenda autorização de duas vacinas adaptadas a variante Omicron do SARS-CoV-2

Os estudos demonstraram que essas novas vacinas podem "desencadear fortes respostas imunitárias" contra a linhagem BA.1 da variante Omicron e a estirpe original do SARS-CoV-2.

2 Setembro, 2022

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) recomendou  a autorização de duas vacinas adaptadas para reforçar a proteção contra a covid-19, nomeadamente a variante Ómicron do vírus.

As vacinas Cominarty (Pfizer/BioNTech) e Spikevax (Moderna), na versão atualizada e adaptada para proteção também contra a variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, são recomendadas para reforço da vacinação de pessoas a partir dos 12 anos, na União Europeia (UE).

“Iremos agora proceder a uma autorização acelerada destas vacinas para assegurar que possam ser rapidamente implantadas em toda a UE”, garantiu, em comunicado, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides.

A covid-19 é uma doença respiratória que se tornou numa pandemia em 11 de março de 2020, depois de o SARS-CoV-2, vírus detetado em finais de 2019 na China, se ter disseminado rapidamente pelo mundo.

De acordo com o regulador europeu, a Comirnaty Original/Ómicron BA.1 e Spikevax Bivalent Original/Ómicron BA.1, as versões adaptadas das vacinas originais das duas farmacêuticas, destinam-se a pessoas com idade igual ou superior a 12 anos que tenham recebido a vacinação primária e podem ser administradas pelo menos três meses após a última dose.

“As vacinas adaptadas podem alargar a proteção contra diferentes variantes e, por isso, espera-se que ajudem a manter uma proteção ótima contra a covid-19 à medida que o vírus evolui”, salientou a EMA também em comunicado.

Segundo os pareceres do regulador, os estudos demonstraram que essas novas vacinas podem “desencadear fortes respostas imunitárias” contra a linhagem BA.1 da variante Omicron e a estirpe original do SARS-CoV-2 em pessoas previamente vacinadas.

“Em particular, foram mais eficazes a desencadear respostas imunitárias contra a subvariante BA.1 do que as vacinas originais”, assegurou ainda a EMA, ao considerar que os efeitos secundários observados são comparáveis aos registados nas vacinas originais e são tipicamente leves e de curta duração.

A agência com sede em Amesterdão adiantou também que, à medida que a pandemia evolui, a estratégia da União Europeia passa por dispor de um leque de vacinas adaptadas que visem diferentes variantes do SARS-CoV-2, com o objetivo de garantir que os Estados-membros “tenham uma pluralidade de opções para satisfazer as suas necessidades quando desenham as suas estratégias de vacinação”.

“Este é um elemento-chave na estratégia global de combate à pandemia, uma vez que não é possível prever como o vírus vai evoluir no futuro e quais as variantes que irão circular neste inverno”, explicou a EMA.

Avançou ainda que as vacinas originais Comirnaty e Spikevax continuam a ser eficazes na prevenção de doença grave, hospitalização e morte por covid-19 e que, por essa razão, continuarão a ser utilizadas nas campanhas de vacinação primária na UE.

Outras vacinas adaptadas a diferentes subvariantes, como as BA.4 e BA.5, estão atualmente a ser avaliadas pela EMA ou serão submetidas em breve à análise dos peritos do regulador.

“As autoridades nacionais dos Estados-membros da UE determinarão quem deve receber as vacinas e quando, tendo em conta fatores como as taxas de infeção e hospitalização, o risco para as populações vulneráveis, a cobertura da vacinação e a disponibilidade de vacinas”, explicou a agência europeia.

LUSA

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