Covid-19. Vacinação na terceira fase só por ordem de inscrição

Crianças e jovens até aos 18 anos, grávidas e pessoas que já estiveram infetadas estão, para já, fora do plano de vacinação.

14 Dezembro, 2020

Após serem vacinados os portugueses cujos critérios os incluem nas duas primeiras fases do Plano de Vacinação contra a Covid-19, o resto da população só se poderá proteger ao fazer uma inscrição, avança o jornal Expresso.

Os peritos da Comissão Técnica de Vacinação para a Covid-19 admitem que a dispensa de vacinas à população fora dos grupos de risco será feita sem critérios prévios e só por vontade do próprio. Isto só se irá alterar caso existam atrasos no fornecimento dos laboratórios.

Em declarações ao Expresso, um dos elementos da Comissão Técnica explica que “desde a primeira hora que se pensou na globalidade do plano de vacinação e neste momento não é preciso pensar em mais critérios, que se podem alterar. Toda a população, à exceção das grávidas e das crianças, terá oportunidade de vacinar-se. Dependendo das entregas e, a correr como previsto, não deverá ser necessário constituir mais grupos prioritários.”

O elemento da Comissão Técnica relembra ainda a importância de haver “um alargamento da rede de administração, além dos centros de saúde e dos gabinetes de saúde ocupacional definidos para as duas primeiras fases”, precisamente para “uma terceira vaga sem grupos definidos.”

 

Podem sobrar vacinas, se tudo correr como planeado

 

Portugal irá receber 22 milhões de vacina, suficientes para imunizar 11 milhões de pessoas, ou seja, se tudo correr como planeado, ainda podem sobrar vacinas. O número de doses encomendadas supera a totalidade da população nacional, com as crianças e as grávidas já excluídas da toma. Há ainda um inquérito da Escola Nacional de Saúde Pública, que revela que 7% dos portugueses não querem tomar a vacina e 66% preferem esperar. 

Até ao momento, a indicação é a de não vacinar os mais jovens e as grávidas, permanecendo algumas dúvidas em relação às pessoas que já contraíram o vírus. Os demais estudos científicos realizados não incluíram estes grupos e a comunidade científica respeita a posição “mais cautelosa”.

Segundo um dos peritos portugueses “a definição dos grupos tem de ser afinada de acordo com a informação científica que for sendo disponibilizada. Quando os primeiros grupos estiverem vacinados, vamos ter mais informação”, ressalva.

Em relação às pessoas que já estiveram infetadas com o vírus, o Infarmed esclarece ainda que “qualquer vacinação só acontecerá depois da autorização da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Posteriormente, vão ser analisadas as orientações decorrentes da Autorização de Introdução no Mercado, sendo que caberá à task force decidirem quando e se as pessoas que testaram positivo para a covid irão ser vacinadas.”

AR/Expresso

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