Cientistas portugueses esclarecem dúvidas sobre as vacinas contra a covid-19
A iniciativa começou ontem e vai decorrer até dia 30 de abril. Visa esclarecer as dúvidas mais prementes do público.
21 Abril, 2021
Um grupo de cientistas portugueses lançou ontem a iniciativa “Décadas de Ciência para Dias de Investigação”. Consiste em conversas online com o público para esclarecer dúvidas sobre as vacinas contra a covid-19.
À Lusa a investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), Margarida Saraiva explicou que o projeto surgiu no contexto da “insegurança” e “desinformação” associadas às vacinas contra o vírus SARS-CoV-2.
“É importante passar a mensagem de que as vacinas salvam vidas. Precisamos que as pessoas tenham confiança na vacinação, nesta vacina e nas outras todas”, salientou a investigadora.
Margarida Saraiva disse ainda que os cientistas acreditam que “a partir do (nosso) conhecimento científico” podem “explicar às pessoas que estas vacinas são seguras. Apesar de serem dias de vacinas, assentam em décadas de ciência”.
“Conversas com cientistas – Décadas de ciência para dias de investigação”, vai contar com vários cientistas de diferentes especialidade e institutos nacionais. Vão acontecer cerca de 400 palestras online que explicam as décadas de investigação que permitiram o desenvolvimento das vacinas contra a covid-19.
As sessões são divididas em duas partes – a primeira tem uma apresentação e um vídeo que explicam o desenvolvimento das vacinas, e a segunda é dedicada a perguntas da audiência. Margarida Saraiva disse que a maioria das sessões já está esgotada, mas ainda existem algumas “para o público em geral”, pois o intuito da iniciativa é “chegar ao maior número e diversidade de pessoas”.
“Gostaríamos de providenciar uma conversa com base científica mostrando que estas vacinas foram desenvolvidas com base em muita investigação fundamental, que seguiram todos os padrões até chegarem à sua aprovação, que passaram pelas entidades reguladoras e que o benefício que nos trazem é imenso, face a qualquer risco associado”, concluiu a investigadora.
As sessões são gratuitas, mas requerem a inscrição prévia feita no site da Ciência Viva.
LUSA e SO