Portugal já administrou mais de três milhões de vacinas contra a covid-19
Foram administradas 3.053.177 doses. 22% da população já tem uma dose da vacina e 8% tem a vacinação completa
28 Abril, 2021
A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou ontem que Portugal já ultrapassou os três milhões de vacinas contra a covid-19 administradas. A vacinação começou no final de 2020 e 76% dos idosos com mais de 80 anos já têm a vacinação completa.
No total, já foram administradas 3.053.177 doses desde o início do plano de vacinação contra a covid-19, a 27 de dezembro de 2020.
O relatório semanal da DGS revela que 2.225.338 pessoas já receberam a primeira dose da vacina, o que equivale a 22% da população portuguesa, um aumento de 2% em relação ao último relatório, divulgado a 20 de abril. Na última semana foram administradas 207.404 doses.
827.839 portugueses já têm a vacinação completa, mais 137.844 pessoas do que na semana anterior, e representam 8% da população, houve um aumento de 1% face ao relatório da outra semana.
O grupo etário dos idosos com mais de 80 anos destaca-se, tendo 93% (626.562) das pessoas já vacinados com uma dose e 76% (517.155) com duas. Segue-se a faixa etária dos 65 anos 79 anos, 53% (844.255) já recebeu a primeira dose e 5% (72.768) tem a vacinação completa.
De acordo com a DGS, 17% (369.790) das pessoas entre os 50 e os 64 anos já tem uma dose da vacina e 4% (86.455) as duas.
A nível de regiões, Lisboa e Vale do Tejo é onde foram administradas mais vacinas, com um total de 1.020.507 doses, segue-se o Norte (987.632), o Centro (608.063), o Alentejo (183.943), o Algarve(110.424), a Madeira (81.673) e os Açores (58.044).
O Alentejo é a região que lidera na vacinação completa (12%), no que se refere à cobertura vacinal da população, de seguida vem o Centro com 11% e a Madeira com 9%. Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Algarve e Açores têm 7%.
A reunião, de ontem, sobre a evolução da pandemia no país juntou peritos de saúde pública e políticos, e a ministra da Saúde reconheceu que as entregas das farmacêuticas e os limites de idade para a administração em duas das quatro vacinas disponíveis (AstraZeneca e Janssen) podem condicionar o plano de vacinação contra a covid-19.
“Há dois temas que condicionam o plano: as entregas – em que temos tido contratempos e algumas situações complexas que deram origem a medidas mais musculadas da Comissão Europeia, e a situação de algumas vacinas que, no seguimento da vigilância farmacológica, foram consideradas possivelmente associadas a fenómenos adversos extremamente raros”, explicou Marta Temido.
Na mesma reunião, o coordenador da ‘task force’ responsável pelo processo de vacinação, Gouveia e Melo, revelou que as condicionantes relacionadas com idade podem limitar a administração de meio milhão de vacinas neste segundo trimestre e cerca de 2,7 milhões no terceiro trimestre, atrasando o cumprimento da meta dos 70% de proteção da população para o final do verão.