Covid-19: OMS pede a países ricos para não vacinarem jovens e doarem vacinas ao Covax

O pedido do diretor-geral da OMS surge numa altura em que vários países se preparam para começar a vacinar adolescentes.

17 Maio, 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou aos países que estão a vacinar jovens contra a covid-19 para doarem estas vacinas ao mecanismo Covax, permitindo imunizar os grupos de risco em países menos desenvolvidos.

Em conferência de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus afirma que “em alguns países ricos, que compraram a maioria das vacinas disponíveis, os grupos de menor risco estão a ser vacinados. Eu entendo que esses países querem vacinar as suas crianças e os seus adolescentes, porém, encorajo estes países a reconsiderarem esta decisão e a doarem as suas vacinas ao Covax”.

A Food and Drug Administration (FDA), identidade que regula o setor farmacêutico nos Estados Unidos anunciou que as crianças entre os 12 e os 15 anos já podem receber a vacina contra o SARS-Cov-2 da Pfizr, o que vai permitir a vacinação de milhares de estudantes antes do início do próximo ano letivo.

A Alemanha também pretende vacinar todos os adolescentes maiores de 12 anos até ao fim de agosto, estando apenas dependente da “luz verde” da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para essa faixa etária. A França e o Canadá já receberem o acordo dos respetivos reguladores para a utilização da vacina em jovens entre os 12 e os 15 anos.

Tedros Ghebreyesus alertou ainda que várias regiões do mundo estão a registar um aumento de casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, o que poderá resultar num elevado número de mortes.

“A covid-19 já levou mais de 3,3 milhões de vidas e estamos a caminho para que este ano de pandemia seja ainda mais letal do que o ano passado”, alertou o diretor-geral da OMS.

O responsável das Nações Unidas para a área da saúde confirmou que foi vacinado a semana passada e salientou que existem muitos profissionais de saúde que estão a combater a pandemia em vários países e ainda não foram imunizados, o que é um “reflexo triste da grande distorção no acesso às vacinas” a nível global.

“Em janeiro falei sobre uma potencial catástrofe moral e, infelizmente, é o que está a acontecer agora” com a distribuição a “conta gotas” das vacinas, realçou Tedros Ghebreyesus, garantindo que apenas 0,3% desses fármacos foram destinados a países de baixo rendimento.

Segundo o diretor-geral, a Índia, o Nepal, Sri Lanka, Vietname, Camboja, Tailândia, Egito e algumas regiões do continente americano estão a registar um aumento do número de casos e hospitalizações por covid-19, que representam cerca de 40% do total mundial de mortes pela doença na última semana.

SO e Lusa

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