Governo português está a trabalhar com UE para acelerar vacinação em África
Portugal está a enviar para alguns países africanos testes PCR , bem como já anunciou que enviará igualmente 5% das vacinas adquiridas.
8 Março, 2021
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação garantiu que Portugal está a trabalhar no plano europeu para que a União Europeia (UE) tome medidas adicionais para acelerar a vacinação designadamente em África.
Francisco André falava à agência Lusa a propósito da doação de Portugal a Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe de 60.000 testes PCR para testagem da covid-19 e respetivos ‘kits’ de extração.
A oferta, que começou a ser entregue na passada sexta-feira nos respetivos países, faz parte da segunda fase do “Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia Covid-19” entre Portugal e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, promovido pelo Governo português.
A iniciativa, através dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Saúde, prevê o apoio aos países nas áreas de testagem, formação e capacitação e no envio de equipamentos de proteção individual e na vacinação.
Cada um destes países receberá 20.000 testes doados por Portugal, com Cabo Verde e a Guiné-Bissau a receber este material ainda na passada sexta-feira e São Tomé e Príncipe no sábado.
Segundo Francisco André, este apoio vai continuar e é objetivo do Governo português ir respondendo consoante as necessidades manifestadas pelos respetivos Estados.
“Trabalhámos com estes países desde a primeira hora e, não obstante os momentos difíceis que fomos atravessando no combate à pandemia, nunca deixámos de cooperar e ser solidários”, afirmou.
O secretário de Estado recordou ainda que Portugal “já fez o anuncio do compromisso de disponibilizar 5% das vacinas que comprou, e que estão encomendadas, para a cooperação com os PALOP e Timor-Leste”.
“Esse é um compromisso muito importante. Houve poucos países no âmbito europeu que o tenham feito e nós já assumimos esse compromisso”, acrescentou.
O governante, consciente que estes 5% “não serão suficientes para vacinar todas as pessoas nesses países”, adiantou que o Governo português tem estado “a trabalhar no plano europeu para que a União Europeia tome medicas adicionais para acelerar o processo de vacinação no resto do mundo”.
“E designadamente em África, que tem sido um ponto prioritário para Portugal desde sempre, enquanto Estado-membro da UE e durante este semestre enquanto presidência portuguesa da União Europeia”, acrescentou Francisco André.
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