Autoagendamento deve ser aberto a todos os adultos, defende Ordem dos Médicos
"Não faz sentido continuar a vacinar por grupos etários", considera o pneumologista António Diniz, membro do gabinete de crise da Ordem dos Médicos.
14 Junho, 2021
O pneumologista António Diniz, membro do gabinete de crise da Ordem dos Médicos, defende que o autoagendamento para a vacinação contra a Covid-19 deveria ser, desde já, aberto às faixas etárias que restam. Em entrevista à RTP3, o especialista disse que “não faz sentido continuar a vacinar por grupos etários, uma vez que o grande objetivo [dessa estratégia] já foi alcançado”.
“98,8% da mortalidade que se verificou em Portugal foi nos grupos etários acima dos 50 anos”, lembrou António Diniz, acrescentando que o risco de mortalidade e doença grave nas faixas etárias que restam é semelhante – “daí que não faça sentido continuar a fracionar a vacinação”.
Neste momento, o autoagendamento só está disponível para os maiores de 43 anos. Para o pneumologista, a estratificação excessiva do autoagendamento pode potenciar o “risco de falhas dentro do sistema”. António Diniz sublinha que Portugal “está numa corrida contra o tempo no que diz respeito à vacinação” devido às novas variantes.
O médico do Hospital Pulido Valente, em Lisboa, defende também uma estratégia de testagem “muito mais agressiva”, destacando que se registou uma diminuição do número de testes na semana de 30 de maio a 5 de junho. “À medida que os casos sobem, como está a acontece, não pode haver um decréscimo da testagem”, critica.
SO