Vacina contra a encefalite provocada por picada de carraça (TBE)
A vacina protege contra a doença causada pelo vírus da encefalite por picada de carraça (Flavivirus). Esta doença transmite-se pela […]
30 Setembro, 2020
A vacina protege contra a doença causada pelo vírus da encefalite por picada de carraça (Flavivirus).
Esta doença transmite-se pela picada de carraças (género Ixodes ricinus) infetadas que vivem no solo entre a erva, podendo subir a alguns arbustos, mas nunca acima dos 70 cm do chão. A primeira fase da infeção provoca uma sintomatologia semelhante à gripe. Em 10% dos casos a doença progride para uma segunda fase, com aumento acentuado da temperatura corporal e sinais de atingimento do sistema nervoso central com o aparecimento de sintomas como dores de cabeça fortes, rigidez do pescoço, perda de consciência, delírio e paralisia muscular.
O viajante deve evitar a mordedura de carraças, utilizando em zonas endémicas da doença calças e calçado fechado para passeios no campo e acampamentos. Em caso de mordedura remover a carraça tão cedo quanto possível.
A vacina contra encefalite provocada por picada de carraça (FSME-IMMUN®) é uma vacina inativada de vírus inteiro, para administração intramuscular, em indivíduos com idade igual ou superior a um ano, que se desloquem para zonas endémicas/epidémicas da doença.
O esquema vacinal é de três doses. A primeira dose deve ser administrada na data escolhida, a segunda entre um a três meses depois e a terceira entre cinco a 12 meses após a segunda dose. O intervalo entre a primeira e a segunda doses pode ser encurtado para 14 dias, mantendo-se o intervalo de 5 – 12 meses entre a segunda e a terceira doses. Se se mantiver o risco de exposição um primeiro reforço deve ser administrado até 3 anos após a terceira dose.
A vacina pode provocar efeitos secundários incluindo cefaleias (dores de cabeça), náuseas, artralgias (dores articulares) e mialgias (dores musculares).